JESUS NÃO SERIA CRISTÃO
Depois
de alguns meses sem escrever nenhum texto no meu blog volto às minhas
atividades literárias, pois me sinto comprometido até as últimas conseqüências
com a tarefa de repensar tudo que até hoje considerávamos como inquestionável.
Por isso mesmo, reinicio o meu trabalho escrevendo sobre um tema que me persegue
e me seduz: o cristianismo.
O
filósofo alemão Frederich Nitzsche, um dos ícones da filosofia contemporânea, é
considerado um grande inimigo da igreja e como tantos outros escritores do seu
tempo, um ateu. Entretanto, confesso que aprendo mais sobre a religião e as
artimanhas dos falsos crentes com Nietzsche do que com qualquer escritor
cristão.
Os
escritores cristãos, salvo raríssimas exceções, são em geral excessivamente
devocionais, enfadonhos e medrosos. Estão enterrados até o pescoço na lama
institucional e por isso nada de verdadeiro dizem sobre o sistema com o qual
estão comprometidos e que se tornou uma máquina de alienar.
Quando
os “ateus” passam a ser a nossa referência e os templos ficam cada vez mais
parecidos com agências bancárias é porque “alguma coisa está fora da ordem” e
uma grande mudança está em processo (nada muda sem que antes apodreça). O
cristianismo está maduro para a queda, aliás, a mim ele parece uma fruta que
apodreceu na árvore e insiste em não cair!
Para
usar Nietzsche mais uma vez: “o cristianismo é a arte de mentir sinceramente”.
Em minha opinião nada temos mais a aprender com o moribundo cristianismo. As
instituições cristãs além de terem descido até o último degrau da corrupção,
não são mais portadoras de nenhuma mensagem relevante para o homem
contemporâneo.
É
impossível levar á sério qualquer coisa dita por um sacerdote (seja ele
católico ou protestante). Não há nada na mensagem cristã proferida nos meios
institucionais que seja significativa para uma existência relevante e capaz de
remeter o indivíduo a uma relação sincera com Deus.
A
mensagem cristã é pouco reflexiva, desprovida de consciência crítica,
desvinculada da vida real, afastada da realidade política, passiva,
massificante e propagadora de uma hipocrisia fincada no solo de uma piedade que
não existe. Como disse certa vez Benjamin Franklin: “é melhor ler um bom livro
do que ouvir certos sermões”.
Mesmo
aqueles que são considerados “bons pregadores” no mundo cristão não passam de
especialistas em oratória que comovem o público com um belo discurso que nada
diz de novo (eles apenas adornam o antigo defunto sem ressuscitá-lo). Quanto
aos televangelistas, como Silas Malafaia e outras aberrações do mundo religioso,
são verdadeiros mercadores da fé com imenso poder de persuasão.
No
que diz respeito ao público que se deixa enganar por esses falsos cristãos,
continuam comendo lixo por dois motivos: são ignorantes (ignoram a verdade) e
nutrem em seus interiores sentimentos tão pérfidos como os daqueles que lhes
exploram por todos os meios possíveis e imagináveis. No fundo eles merecem ser
explorados!
De
novo Nietzsche: “é preciso coragem para o proibido [...] uma nova consciência
para verdades que até hoje permaneceram mudas”. Contudo, não são muitos os que
estão preparados para “ouvir uma nova canção”. Para isso, é preciso ter perdido
o medo do “inferno” e saber que os santos viraram diabos e os demônios se
tornaram evangelistas!
Definitivamente,
Jesus não seria cristão!
André Pessoa
Como diz o reverendo caio fábio, "o cristianismo é o pior inimigo do evangelho"
ResponderExcluirrecomendo este video dele com o titulo "Por que a igreja tira a sinceridade das pessoas?" https://www.youtube.com/watch?v=hBiQgvRIod0