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domingo, 27 de março de 2011

EXTRATERRESTRE EU?


EXTRATERRESTRE EU?


Seriam os cristãos extraterrestres? Teriam eles vindo de galáxias distantes? Fizeram eles viagens interespaciais para chegar a terra? É nesse tipo de ironia sarcástica que eu penso quando ouço um desavisado afirmar que um cristão “não deve ser do mundo”. Mentira! Ser cristão é exatamente ser do mundo.

Essa afirmação da igreja é uma aberração bíblica, uma anomalia exegética, um grande mal entendido. Cristo tornou-se carne exatamente para participar do mundo, compartilhar do que é humano, identificar-se com o homem. Este ensinamento bobinho e esvaziado de sentido anula a doutrina da encarnação, e transforma o cristianismo em uma religião maniqueísta e platônica. De fato, a fonte de onde jorra toda a teologia dita evangélica é Platão e não Jesus Cristo.

Uma boa parte dos cristãos, equivocados em suas percepções acerca da Bíblia e alienados por líderes despreparados, acham que a recomendação da Bíblia para “não amar o mundo” é uma ordem para promover uma segregação, um apartheid. Precisamos de um Nelson Mandela no cristianismo urgente! Não amar o mundo não significa odiar a vida, ser preconceituoso, assumir uma posição dogmática e etnocêntrica que evita o diálogo.


Não amar o mundo é rejeitar a lógica mundana, que na maior parte das vezes nada tem a ver com usos e costumes. O cristão acha que não amar o mundo é não tomar cerveja (vinho pode, porque Jesus tomou na última ceia), esquecer os palavrões e usar roupas compridas. Engano, tudo isso não passa de puro legalismo.


Não amar o mundo na perspectiva de Jesus Cristo é não ser egoísta, é praticar a empatia, é não se iludir com o poder e não se associar aos exploradores do homem. Tudo isso a igreja pratica, embora não tome uma cervejinha no final de semana (ah, uma bohêmia...).


Um líder religioso que manipula a política eclesiástica, que promete fraudulentamente enriquecimento imediato aos fiéis, que só pensa em dízimos, mas que vive o tempo todo falando do “grande amor de Deus” é mais mundano do que o pior dos mundanos.


Quando esses homens apontam para as pessoas comuns chamando-as de pecadoras cumpri-se o ditado que diz: “é o sujo falando do mal lavado”. Sabe aquela história de enquanto um dedo aponta para os outros, os outros apontam pra gente?


Esses líderes cristãos saíram do mundo (convívio social), mas o mundo (a maldade e a sujeira) continua dentro deles. Ou seja, mundanismo não é algo externo e sim uma disposição interior para o mal.


Quanto a mim, eu amo o mundo (convívio social), sou um terráqueo assumido, uma espécie de Tomé. Gosto do que é concreto, palpável, me deleito nos prazeres da vida. Sou um hedonista no melhor sentido epicurista do termo.


Não compreendo esse cristianismo que inverte a ordem das coisas: enquanto Cristo quis ser homem, os homens, sobretudo os cristãos, querem ser deuses. Entretanto, homens são apenas homens e sempre serão homens; ainda que orem e leiam a Bíblia mil vezes por dia.


André Pessoa

3 comentários:

  1. André,

    Sabe aonde está o problema? Não está nos cristãos nem tão pouco na igreja. O problema está em você. Isso mesmo. O negócio é que você está se deixando levar pelo inimigo, que planta essas coisas na sua mente através do seu coração. Se você não se arrepender, no dia do Juízo Final você prestará contas a Deus por escrever essas coisas e tentar afastar as pessoas do Senhor Jesus. Realmente, como disse o outro leitor anônimo, você precisa de muita, muita oração. Você é um mal usado pelo inimigo para escrever essas coisas. Se eu fosse você, teria vergonha na cara.

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  2. nossa não aguento mais essas discussoes sobre religiao

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  3. Professor, estou começando a achar que ganhastes uma admiradora, e que esse papo de "você está se deixando levar pelo inimigo" , é pura desculpa para tentar chamar a sua atenção! E está conseguindo, pois, seus últimos textos vem abordando exatamente assuntos que ela deseja que você debata com ela, digo "ela" por que pelo modo como escreve, acredito que seja ela, ou não, vai saber né! rsrsrsrs ...

    Brincadeira professor, excelente texto!

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