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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A FONTE DOS DESEJOS



A FONTE DOS DESEJOS


Esta semana assisti na TV a um capítulo da série SOBRENATURAL. A série tem uma boa audiência, entre outras coisas, por causa dos dois protagonistas bonitões no melhor estilo caça-fantasmas.
O episódio da última segunda-feira contava a estória da FONTE DOS DESEJOS. Depois de jogar uma moeda na fonte e fazer um pedido os desejos das pessoas eram automaticamente realizados.
A primeira moeda jogada na fonte foi uma espécie de amuleto ligado à antiga divindade babilônica Thiamat, a deusa do caos. Depois disso, todos os pedidos feitos na fonte seriam realizados.
O processo de realização dos desejos só poderia ser parado e o feitiço quebrado se os dois heróis caçadores de fantasmas encontrassem a pessoa que fez o primeiro pedido para que a maldição fosse revertida.
Mais alguém poderia perguntar: que maldição? O que há de errado em ter os desejos atendidos?
Alguns desejos atendidos trouxeram muitos problemas para a cidade onde ficava a FONTE DOS DESEJOS. Um ursinho de pelúcia gigante ganhou vida por causa de um pedido de uma garotinha solitária.
Um menino de quatro anos passou a ter a força do super-homem e perseguiu violentamente os seus coleguinhas que antes o hostilizavam.
Enfim, a cidade, pouco a pouco, e à medida que os pedidos eram atendidos, foi se tornando caótica.
Até aí a estória é bobinha e não tem nada digno de ser comentado. Só então uma frase dita por um dos protagonistas do filme chamou-me à atenção.
Depois de ter encontrado a pessoa que fez o primeiro pedido desencadeando a maldição, os dois moçinhos caçadores de fantasmas obrigaram-na a reverter o quadro desfazendo o feitiço.
A pessoa indignada com os dois heróis que queriam fazer as coisas voltarem ao normal perguntou: “o que há de mal em ter os desejos atendidos? Por que não posso ter o meu desejo realizado?
Foi então que um dos caçadores de fantasmas disse: “você pode, mas não desse jeito”. Esta frase é espetacular porque encerra nas suas entrelinhas uma grande lição.
Quando o herói bonitão diz “não desse jeito”, o que ele está dizendo na verdade é que entre o desejo e a realização do mesmo há um longo caminho de luta a ser percorrido.
O que a FONTE DOS DESEJOS fazia era criar atalhos e nem sempre os atalhos levam ao lugar certo. Aqueles que usaram a FONTE DOS DESEJOS se eximiram do longo caminho de luta até a realização dos sonhos, por isso o que fizeram era ilícito.
No mundo real também existem FONTES DOS DESEJOS que levam as pessoas a cometerem erros que depois trarão conseqüências àqueles que buscam facilidades.
Quem deseja facilidade e gosta de obter as coisas sem luta e renúncia se perde nos atalhos e nunca chegará de fato a conquistar o que anseia.
É possível ter os nossos desejos realizados. É lícito sonhar com algo melhor! Mas veja bem como você está tentando realizar os seus sonhos.
O caminho até o sucesso e a realização dos desejos é longo e passa pelo vale das lágrimas, mas nós podemos chegar lá, contanto que não nos enganemos com as falsas FONTES DOS DESEJOS que nos aparecem pelo caminho.

André Pessoa

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