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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

BIG BROTHER



BIG BROTHER


A expressão Big Brother (Grande Irmão) é emprestada do romance 1984 do escritor inglês George Orwell.
George Orwell é na verdade um pseudônimo de Eric Blair, autor que também escreveu o espetacular livro “A Revolução dos Bichos”.
O 1984 de Orwell narra à estória de Winston, um funcionário do Ingsoc, partido político totalitário que domina o bloco da Oceania e que vigia os seus filiados por intermédio das teletelas.

As teletelas são grandes telas instaladas dentro das casas e em outros lugares estratégicos através das quais as pessoas são monitoradas todo o tempo.
No mundo do futuro, descrito brilhantemente por Orwell, as pessoas não têm liberdade e as informações e notícias são manipuladas para favorecer o partido dominante.
O Big Brother (Grande Irmão) é uma espécie de chefe político do partido do qual muito se houve falar, mas a quem pouco se vê. Talvez seja apenas um mito.
Winston passa a ser perseguido porque comete o crimideia, ou seja a ultrajante transgressão de pensar contrariamente àquilo que está estabelecido pelo partido.
Quanto ao nosso Big Brother a estória não é muito diferente. Os participantes são vigiados vinte e quatro horas por dia, inclusive embaixo dos edredons.
Aqueles que não se enquadram nas regras do jogo vão sendo eliminados em paredões cujos resultados são no mínimo suspeitos. Não venham me dizer que vocês acreditam nos números globais?
Beleza, sensualidade e “respeito” às diferenças são as bases do jogo que sempre reúne certos tipos humanos bem característicos que surgem em todas as edições.
Gays, negros, mauricinhos malhados e patricinhas propícias a aventurais sexuais de pouca duração têm presença garantida na casa.
Os participantes já perceberam que o “público” gosta de revelações bombásticas (dizer que é gay ou lésbica às vezes funciona) e de perfis complexos que pousam de coitadinhos (Bam-Bam, por exemplo) ou ainda de meio-intelectuais que aconselham os demais (Max).
Nesse jogo, força, juventude e beleza são essenciais, por isso a participação dos representantes da boa idade (eufemismo geriátrico) fracassou logo de saída. Naná e companhia Ltda. nunca mais!
A galera quer mesmo é ver corpo sarado e tatuado, bunda protuberante e peito duro no lugar.
Enfim, o Big Brother Brasil é um desses programas próprios de países emergentes, mas que de vez em quando todo mundo dá uma espiadinha.

André Pessoa

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