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domingo, 27 de dezembro de 2009

PRODUTO DO MEIO?



PRODUTO DO MEIO?


Você já se perguntou por que continua fazendo aquilo que não lhe agrada e que não lhe traz verdadeira satisfação?
Já se perguntou por que bebe até cair, faz sexo com pessoas que acabou de conhecer ou compra o que não pode pagar?
Para responder a estas difíceis perguntas é necessário primeiro diferenciar verdadeira necessidade de desejo. As necessidades dizem respeito às coisas que de fato precisamos, o desejo, entretanto, está relacionado àquilo que dizem que nós precisamos.
Você precisa beber em todos os finais de semana? Não? Mas as propagandas de bebidas alcoólicas insistem em lhe levar a crer que praia e conversa com os amigos só faz sentido “tomando uma”.
Você conhece alguém que morreu porque deixou de ir para a cama com a primeira pessoa que apareceu na sexta-feira à noite? Não? Mas sem motel todo santo dia a vida não faz sentido, acreditam alguns.
Qual o problema então da bebida e do sexo? Nenhum, desde que eles não se tornem ídolos, drogas que geram dependência e arruínam a vida das pessoas à medida que exigem doses cada vez maior.
Até mesmo o alerta aos perigos do consumo exagerado de bebidas alcoólicas leva o indivíduo a continuar bebendo. A expressão “beba com moderação” é um imperativo, uma ordem que diz que você deve beber, entretanto moderadamente.
Embora, em certo sentido, todo ser humano seja influenciável, é preciso ter a capacidade e a liberdade para escolher quem somos e o que queremos fazer. Ninguém deveria ser um fiel escravo dos hábitos e ideologias destruidoras que lhe levam à ruína.
Chega de ser massa de manobra da cultura vigente, de “caminhar para a morte pensando em vencer na vida”, de tomar veneno achando que é água cristalina.
É preciso ser livre de verdade para rejeitar a liberdade mentirosa que lhe querem ensinar!
Nosso maior bem, sem dúvida alguma, é a liberdade, mas, acredite, ela não é nada daquilo que você acha que ela é.

André Pessoa

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