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sábado, 10 de outubro de 2009

O ASSALTO



O ASSALTO


De repente vi-me em meio a um trânsito louco e furioso. Um wolkswagen, modelo antigo, começou a andar em marcha ré em minha direção.
Buzinei ostensivamente para que o motorista me visse pelo retrovisor e não colidisse com o meu carro.
Vi, então, subitamente ele enrolar a direção e terminar batendo no carro ao meu lado. Saí a toda velocidade do meio daquela loucura e cheguei a uma rua mais a frente que ficava a beira-mar.
Percebi que havia uma vaga onde eu poderia estacionar. Foi aí que se aproximou um flanelinha que parecia querer me ajudar a manobrar o carro.
Nesse momento dois rapazes se aproximaram vindos em minha direção e prontos para me assaltar.
Fugi a pé apressadamente ao perceber que o homem que me “ajudara” a manobrar o carro também era um dos assaltantes.
Corri apressado na direção de um bar que estava mais adiante, entretanto, um dos rapazes estava me perseguindo tenazmente e a distância entre mim e o bar, onde eu estaria seguro, parecia interminável.
Ofegante e a alguns metros do meu objetivo senti uma súbita aproximação logo atrás de mim, o bandido estava me alcançando.
Foi então que virei bruscamente e com toda força girei o braço num semicírculo e atingi violentamente o rapaz que me perseguia.
Ele foi lançado a alguns metros de distância. A força que saiu de mim foi brutal, parecia não me pertencer, mas vir de uma fonte externa.
Foi aí que acordei com uma imensa dor de cabeça e pedi um comprimido a minha filha que estava no computador a conversar com as amigas pelo MSN.
Depois de ter tomado o medicamento e de aliviada a cefaléia, recordei passo a passo o sonho curto e terrificante e percebi que o mal, nem mesmo nos sonhos, pudera me tocar antes que eu atingisse o meu objetivo.
Nada nos ocorrerá de mais grave até que a vida tenha nos usado para o cumprimento dos seus propósitos, nos conduzido aonde devemos ir.
Nada, nem mesmo o pior dos males ou a maior das desilusões, poderá nos impedir de chegar onde devemos chegar. Os sonhos também falam!

André Pessoa

Um comentário:

  1. Os sonhos são sinais que a vida nos dá. Resta a nós aprender a desvendá-los.

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