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sexta-feira, 29 de março de 2013


A PEQUENA CORÉIA, UM GRANDE PROBLEMA

                Quando alguém me pergunta se eu acredito na possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial eu respondo logo que não. Aliás, é melhor acreditar que não haverá, pois caso haja um novo conflito mundial generalizado provavelmente o planeta nunca mais será o mesmo.
            A capacidade de destruição em massa dos países mais desenvolvidos tornou-se tão letal que o melhor a fazer é evitar de todas as maneiras um novo conflito armado em escala mundial. Albert Einstein disse certa vez: “a terceira guerra mundial não sei como será, mas na quarta provavelmente usaremos paus e pedras”.
            Conhecedor que era da física subatômica e do potencial destruidor das bombas nucleares, Einstein foi morbidamente realista na sua declaração. A destruição causada por uma terceira guerra mundial seria tão grande que não sobraria nada a não ser  paus e pedras para serem usados em um novo conflito.
            Os últimos acontecimentos envolvendo as rivais coreias do Norte e do Sul trouxeram de novo à tona a possibilidade de um conflito armado de grandes proporções. Curiosamente os meios de comunicação não estão dando a devida atenção a esse problema, ou para não alarmar a ninguém ou porque não acreditam no pior.
            A guerra entre as duas coreias não é recente, trata-se de uma reminiscência do já superado mundo bipolarizado que surgiu durante a Guerra Fria. As duas coreias já haviam se enfrentado entre os anos de 1950 e 1953; a Coréia do sul representando o capitalismo norte-americano e a do norte o socialismo soviético.
Aliás, essa parece ser a sina dos pequenos: se matarem e destruírem-se pelos grandes que negociam e se divertem enquanto tomam o melhor uísque ou o melhor champanhe. Pois bem, o atual conflito entre as duas coreias parece ser um acerto de contas tardio, uma espécie de cobrança de dívida retroativa.
Qual a diferença então entre o conflito atual e o ocorrido na década de 50 do século passado? A diferença é que o mundo bipolarizado tornou-se unipolarizado, o capitalismo venceu e os últimos redutos do “comunismo” tendem a adotar posições cada vez mais radicais.
O radicalismo da Coreia do Norte nada mais é do que o grito  dos desesperados e ao mesmo tempo uma resposta proporcional ao capitalismo perverso que quer abraçar o mundo com os seus “tentáculos”. O fato é que as duas coreias estão fazendo exercícios de guerra na fronteira entre os dois países e se preparando para uma guerra.
A principal e enigmática dúvida que agora assola as nossas  mentes é: que rumo esses acontecimentos tomarão? Será essa uma guerrinha localizada que envolverá dois antigos inimigos ou um acontecimento que poderá ter desdobramentos terríveis que colocarão em risco a existência da raça humana?
De um lado os EUA, aliado da Coréia do Sul, ameaçando  “riscar a Coréia do Norte do mapa” e do outro o ditador coreano Kim Jong-Un que pode está blefando quando diz que lançará mísseis em alvos americanos ou falando a verdade e arrumando as malas para partir dessa pra melhor levando toda a Coréia com ele.
Sinto-me totalmente tranquilo diante da remota possibilidade de um novo conflito nuclear porque acho que as ambições do capitalismo precisam de um mundo pacificado para serem levadas a bom termo. Por outro lado, nunca devemos subestimar a loucura dos seres humanos.


André Pessoa


              
           
             


Um comentário:

  1. Professor, acho que a Coréia, por ser um país minúsculo e menos popular que os EUA, não tem tantas chances de enfrentar a nação mais poderosa do planeta. Afinal, os EUA já estão acostumados a fazer guerra contra alguns países e enviar tropas do Exército, como países do Irã, Oriente Médio e África. Mas, enfim, minha sugestão é que faça uma síntese abordando a diferença entre os dois ditadores: Hugo Chávez e Kim Jong-Un, pois acho que o ditador coreano deve ser dez vezes pior do que o ex-ditador da Venezuela.

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