Um paradigma é um modelo através do qual nós vemos o mundo e a nós
mesmos. Ele funciona mais ou menos como as lentes de um óculo que nos faz
enxergar as coisas de uma ou de outra forma; a lente é que determina o que o
mundo ao nosso redor representará para nós.
Cada época,
cultura e povo adotam os seus próprios paradigmas e por intermédio deles
interpretam tudo o que acontece e dão significado a cada evento. O mundo é o
que o paradigma adotado por nós faz dele!
A rejeição
quase unânime ao deputado Marcos Feliciano por parte de membros do movimento
LGBT, outras minorias e até mesmo segmentos evangélicos não é pessoal, ela
representa a rejeição de um paradigma. Feliciano é rejeitado não exatamente
pelo que faz, mas pelo que representa.
Marcos
Feliciano, Renan Calheiros, Jair Bossonaro e outros representantes exóticos da
nossa “fauna” política são símbolos sobre duas pernas de um mundo que está
deixando de existir. Eles representam a luta do velho que insiste em subsistir
em face do novo!
A política e
a religião no Brasil sempre foram comandadas por “coronéis” e “caciques” que
não admitem serem questionados e que governam e legislam escondidos por trás da
autoridade institucional. O problema é que as instituições que serviam de
biombo a estes homens estão desabando.
A política
como a conhecemos, a igreja como hoje existe e o modelo grotesco que temos de
líder não mais se sustentam, estão com os dias contados. Marcos Feliciano, a
Frente Parlamentar Evangélica e o PSC infelizmente não conseguiram ainda
entender isso.
Defender
Feliciano, como fez o pr. Eurico, deputado federal pelo PSB, é querer ser
“advogado do diabo”, e se propor a defender o indefensável. A Frente
Parlamentar Evangélica precisa entender que “seu mundo caiu”, aliás, está
gradualmente desabando.
Marcos
Feliciano e o seu grupo corporativista parecem não ter percebido contra o que
estão lutando. Vão ser esmagados pelo “rolo compressor” da história que vai
reduzindo a pó o que encontra pela sua frente e se opõe a sua marcha imponente
e irreversível.
O PSC,
partido dito cristão, e a Frente Parlamentar Evangélica deveriam ser os
primeiros a se opor ao costumeiro e imoral “loteamento” que é tão comum fazer
das áreas e cargos públicos de influência em Brasília. Que Cristo eles
professam? Que Bíblia eles estão lendo?
Os
privilégios garantidos pela posição ocupada em instituições conservadoras que
se diziam guardiães da moral e cristalizadoras dos bons costumes estão
paulatinamente se desfazendo. Defender a família é muito mais do que se opor ao
casamento homo afetivo!
Se
posicionar a favor da família e contra a destruição dela é oferecer resistência
ao patrimonialismo, ao desvio de verbas públicas e a corrupção, isso,
entretanto, nem Feliciano, nem Malafaia e nem o pr. Eurico parecem fazer. Não
me lembro de ter visto qualquer um deles exigindo mais transparência no
parlamento (alguém viu?).
A moral
desses pretensos guardiões dos bons costumes é no fundo, no fundo, imoral. Para
usar uma expressão bíblica (livro que eles dizem defender, mas desprezam),
todos esses que eu citei no parágrafo acima me parecem verdadeiros “sepulcros caiados”, paletó limpinho por
fora, coração podre por dentro!
Mande Deus
fogo do céu para destruir essa hipocrisia perversa disfarçada de cristianismo e
que semeia um moralismo pervertido e anacrônico. Não me admirarei se Deus usar
na sua fúria santa os grupos que julgamos distantes dele para destruir os que
se dizem filhos, mas agem como bastardos!
Feliciano,
Malafaia e pr. Eurico lembrem-se de Nabucodonosor levantado por Deus para punir
o seu povo e levá-lo cativo a Babilônia! Dentro em breve assistiremos, agora
com os privilégios da alta tecnologia, as chamas de “Jerusalém” a arder e a sua
fumaça subindo ao céu.
André Pessoa
Olha André eu acho que o sr. está equivocado. O Brasil tem muito mais coisas pra se preocupar do que ficar se desgastando com a ocupação de um cargo de confiança por um pastor evangélico. Aliás, parece que tudo que tem o nome "pastor" é alvo de preconceito e discriminação, pastor não pode ter um carro, não pode ter um apartamento, não pode ter conta em banco, não pode comprar uma fazenda, não pode ocupar cargos na política, não pode se tornar autoridade máxima do Supremo Tribunal Federal, não pode chamar um fiel atenção quando este estiver todo errado, não pode ser empresário... Quer dizer que pastor não pode ser nada, tem que ser um miserável, pobre coitado ??? É isso que vocês querem ? E onde está a liberdade de pensamento e de religião, que são garantidos pela Constituição Brasileira ?
ResponderExcluirSinceramente, se a aparente "maioria" da população brasileira é contra a permanência de Feliciano no cargo, eu prefiro não fazer parte dessa sociedade. É bom lembrar também que existe muita gente de bom coração (ufa, ainda bem) que, assim como eu, também são a favor do pastor Marco Feliciano.
Repito: a permanência de Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos incomoda muita gente, e vai contrariar os interesses de grupos de minorias, como os homossexuais.
Mas será possível, quando um pastor, um cristão, faz o seu dever, de pregar o bem e o amor, manter projetos sociais, transformar vidas através da religião, visitar hospitais, salvar drogados da vida medíocre, tudo de bom que eles fazem NINGUÉM PUBLICA NADA, NEM A IMPRENSA MOSTRA. Agora quando tem um pastor corrompido, ladrão, todo mundo faz questão de pegar o autofalante e apontar o dedo com a mais estrondosa altura para todos ouvirem. O que não quer dizer que Marco Feliciano seja acusado de crime algum, muito pelo contrário, ele está sendo injustiçado, está sendo alvo de calúnias e difamações pelo simples fato de seguir os princípios de sua religião e querer o bem de todos. Andre pessoa, pare de usar seu senso julgador, imitar automaticamente os ignorantes que criticam Feliciano e pesquise sobre as boas obras que o religioso já fez.