Arquivo do blog

terça-feira, 19 de julho de 2011

FILOSOFIA DA MENTE






FILOSOFIA DA MENTE

Segundo o filósofo H. Putnam a mente humana nada mais é do que uma espécie de programa implementado no cérebro e os estados mentais são os seus eatados funcionais. Para este etudioso das relações entre corpo e mente o princípio de funcionamento da mente e o dos computadores é o mesmo.
A posição de Putnam sobre a mente é chamada de funcionalismo da máquina e é apenas mais uma entre tantas outras. Desde o século XVII com René Descartes até os nossos dias muitas teorias tentaram dar conta das complexas relações entre o corpo e a mente.
Descartes propôs o dualismo interacionista teoria que separava o corpo (res extensa) da mente (res cogitans). Já a teoria da identidade de Herbert Feigl explica que há uma identificação entre os tipos de estados mentais e os estados cerebrais, ou seja, cada estado mental está relacionado à uma parte do cérebro.
Os entusiastas do funcionalismo da máquina (teoria citada acima) interpretam a mente em termos de função mais do que em termos de essência e chegam a afirmar que no futuro a imortalidade será conquistada pois será possível escanear o programa de uma mente humana e implementá-lo em um supercompoutador de forma que a mente implantada subexista para sempre. Espero que isso nunca aconteça com certas mentes medíocres!
Opondo-se a este sonho cibernético, alguns filósofos da mente afirmam que jamais será possível às máquinas sentirem como sentem os seres humanos; mesmo com um programa mental humano implantado em um computador. Eles afirmam que só os organismos biológicos são capazes de produzir qualidades sensoriais e emocionais de prazer e dor.
Depois de ter lido sobre essa discussão interminável cheguei a conclusão que estar vivo é a nossa essência e não o que fazemos como queriam os funcionalsitas. Por esse motivo as máquinas jamais serão capazes de reproduzir integralmente os nossos sentimentos uma vez que possuem outra natureza.
Estar vivo, ser um ser humano é perceber e sentir as coisas de forma diferente, única. Estar vivo é também saber que se está vivo. Em suma: é ter consciência de que agora somos, mas amanhã não seremos mais. A consciência da vida passa pela certeza da morte e as pobres máquinas não sabem que “morrerão” um dia!
Neste sentido, a vida só pode ser definida em sua relação com a morte. Só sabemos que estamos vivos porque temos a certeza de que um dia iremos também morrer. De consolo nos resta o fato de sabermos, como me disse o meu amigo Andy Parsons, que “um computador pode até gemer, mas nunca alcançará um orgasmo”.

André Pessoa

2 comentários:

  1. Bem, quando você fala de vida aqui e de sentir sensações, os animais também a sentem, mas se a maioria sabe que vai morrer, ainda é uma incógnita, mas o instinto de sobrevivência é a única pista de que existe um vislumbre de "morte" em mentes mais primitivas.
    Mas eu acredito na fusão homem-máquina, cientistas já começam a fazer isso e será uma escolha do ser humano na segunda metade deste século se prefere permancer apenas humano ou ser algo diferente. A evolução e a vida seguem caminhos mais estranhos do que podemos imaginar, afinal, quem diria que aqueles primeiros organimso unicelulares flutuando no mar iriam dar em toda a diversidade de ontem e de hoje?
    Abraço.

    ResponderExcluir
  2. "O homem é uma máquina. (...) Essa máquina poderá saber que é uma máquina. E se se der conta disso plenamente, ela poderá encontrar os meios para deixar de ser máquina." Lembrei desse pensamento do ounspensky quando li o seu post. Ótimo trabalho, professor!

    ResponderExcluir