ARISTÓTELES NÃO TINHA RAZÃO
Aristóteles, um dos maiores filósofos do mundo antigo, afirmou que “o homem prudente não fala tudo o que pensa, mas pensa tudo o que diz”. Eis aí um engano com cara de sabedoria!
É difícil e ousado fazer uma crítica a um dos homens que construíram a base sobre a qual se apoiou todo o pensamento no mundo ocidental. Como contradizer alguém que contribuiu para o desenvolvimento de quase todas as áreas do conhecimento? Entretanto, como sou ousado, empreenderei esse absurdo.
Na verdade, o que Aristóteles quis dizer com a frase acima citada foi: “o homem prudente não fala tudo o que pensa como pensa, mas pensa em tudo o que vai dizer antes de dizer”. Ou seja, o homem prudente escolhe cautelosamente as palavras que compõem tudo aquilo que vai dizer a fim de evitar problemas com as outras pessoas a quem está se dirigindo.
Se fôssemos analisar a frase de Aristóteles do ponto de vista meramente relacional e subjetivo diríamos que se trata de um conselho bastante sábio. Afinal de contas, não é o que se diz, mas a forma como se diz que gera reações adversas ou favoráveis.
De fato, no que respeita aos relacionamentos com as outras pessoas podemos dizer qualquer verdade desde que saibamos como dizê-la. É por esse motivo que a mesma coisa dita de formas diferentes assume conotação e peso diferentes.
Contudo, é bom não esquecermos que Aristóteles, assim como Platão, representava o pensamento aristocrático grego. Ele estava comprometido com as classes dominantes do mundo helênico e por isso achava desnecessário dizer coisas que pudesse colocar em jogo a sua boa relação com o poder constituído.
Aristóteles é um defensor ardoroso do Estado e da sua função institucional de manter a “ordem social”. Só da boca de um aristocrata que acreditava que alguns homens nasciam para serem escravos poderia sair uma frase dessa natureza; um psicólogo diria o que Aristóteles disse, mas um revolucionário não!
Embora a contribuição de Aristóteles para a humanidade tenha sido indiscutível, esse pensamento citado acima, caso fosse seguido ao longo da história pelos grandes homens, teria impedido a sociedade de se desenvolver, transformando-a em algo estático dominado por meia dúzia de tiranos.
É exatamente porque os homens em certos momentos falaram exatamente aquilo que pensaram, que as revoluções, as mudanças sociais e o progresso da humanidade foram possíveis. Tivessem os homens seguido o conselho de Aristóteles e nada de novo teria acontecido no planeta.
A prudência não muda o mundo, apenas mantém uma falsa paz. Os grandes revolucionários nunca são homens muito “prudentes”, pelo contrário, são apaixonados que dizem o que pensam, da forma que pensam, mesmo correndo o risco de serem encarcerados, torturados e mortos por isso!
Matinho Lutero, Martin Luther king e Che Guevara nunca se imortalizariam e promoveriam as revoluções de que foram protagonistas caso seguissem os conselhos de Aristóteles nesse particular. Os grandes homens precisam escolher entre a prudência e a revolução, as palavras pensadas e as frases inflamadas. E eles sempre escolhem a “imprudência”.
Se estas palavras de Aristóteles tivessem sido levadas a sério certamente impediriam a Revolução Francesa, o nascimento do movimento trabalhista e todos os acontecimentos que mudaram a face do mundo. A história exige “imprudência”, caro amigo Aristóteles!
Por isso devemos analisar com todo cuidado o que dizem os filósofos, pois embora a filosofia seja quase sempre metafísica, os filósofos são, sem exceção, “humanos, demasiadamente humanos”.
Aristóteles, um dos maiores filósofos do mundo antigo, afirmou que “o homem prudente não fala tudo o que pensa, mas pensa tudo o que diz”. Eis aí um engano com cara de sabedoria!
É difícil e ousado fazer uma crítica a um dos homens que construíram a base sobre a qual se apoiou todo o pensamento no mundo ocidental. Como contradizer alguém que contribuiu para o desenvolvimento de quase todas as áreas do conhecimento? Entretanto, como sou ousado, empreenderei esse absurdo.
Na verdade, o que Aristóteles quis dizer com a frase acima citada foi: “o homem prudente não fala tudo o que pensa como pensa, mas pensa em tudo o que vai dizer antes de dizer”. Ou seja, o homem prudente escolhe cautelosamente as palavras que compõem tudo aquilo que vai dizer a fim de evitar problemas com as outras pessoas a quem está se dirigindo.
Se fôssemos analisar a frase de Aristóteles do ponto de vista meramente relacional e subjetivo diríamos que se trata de um conselho bastante sábio. Afinal de contas, não é o que se diz, mas a forma como se diz que gera reações adversas ou favoráveis.
De fato, no que respeita aos relacionamentos com as outras pessoas podemos dizer qualquer verdade desde que saibamos como dizê-la. É por esse motivo que a mesma coisa dita de formas diferentes assume conotação e peso diferentes.
Contudo, é bom não esquecermos que Aristóteles, assim como Platão, representava o pensamento aristocrático grego. Ele estava comprometido com as classes dominantes do mundo helênico e por isso achava desnecessário dizer coisas que pudesse colocar em jogo a sua boa relação com o poder constituído.
Aristóteles é um defensor ardoroso do Estado e da sua função institucional de manter a “ordem social”. Só da boca de um aristocrata que acreditava que alguns homens nasciam para serem escravos poderia sair uma frase dessa natureza; um psicólogo diria o que Aristóteles disse, mas um revolucionário não!
Embora a contribuição de Aristóteles para a humanidade tenha sido indiscutível, esse pensamento citado acima, caso fosse seguido ao longo da história pelos grandes homens, teria impedido a sociedade de se desenvolver, transformando-a em algo estático dominado por meia dúzia de tiranos.
É exatamente porque os homens em certos momentos falaram exatamente aquilo que pensaram, que as revoluções, as mudanças sociais e o progresso da humanidade foram possíveis. Tivessem os homens seguido o conselho de Aristóteles e nada de novo teria acontecido no planeta.
A prudência não muda o mundo, apenas mantém uma falsa paz. Os grandes revolucionários nunca são homens muito “prudentes”, pelo contrário, são apaixonados que dizem o que pensam, da forma que pensam, mesmo correndo o risco de serem encarcerados, torturados e mortos por isso!
Matinho Lutero, Martin Luther king e Che Guevara nunca se imortalizariam e promoveriam as revoluções de que foram protagonistas caso seguissem os conselhos de Aristóteles nesse particular. Os grandes homens precisam escolher entre a prudência e a revolução, as palavras pensadas e as frases inflamadas. E eles sempre escolhem a “imprudência”.
Se estas palavras de Aristóteles tivessem sido levadas a sério certamente impediriam a Revolução Francesa, o nascimento do movimento trabalhista e todos os acontecimentos que mudaram a face do mundo. A história exige “imprudência”, caro amigo Aristóteles!
Por isso devemos analisar com todo cuidado o que dizem os filósofos, pois embora a filosofia seja quase sempre metafísica, os filósofos são, sem exceção, “humanos, demasiadamente humanos”.
André Pessoa
Professor uma das coisas de que mais gosto nos seus textos é isso é essa abordagem que o senhor faz trazendo assuntos do passado para o presente fazendo um comentário critico e analogias que nos fazem pensar e refletir melhor sobre o mundo em que vivemos e que a propósito todos nos deveríamos fazer aplicar os conceitos que aprendemos na escola ou na academia e trazer para o nosso cotidiano seja para relacionar, comparar ou melhorar. Acho que essa sua capacidade vem da sua profissão o ato de lecionar faz com que isso aconteça (não com todos os professores, mas pelo menos com alguns como o senhor) que são pessoas que ensinam e ao mesmo tempo refletem sobre o que ensinam e que bom que o senhor divide essas reflexões conosco para que também possamos aprender. Principalmente os textos sobre política que eu adoro (e que estou sentido falta) porque alem de me atualizar aprendo mais sobre o mesmo. Ai professor, sinto muita falta de suas aulas é incrível, mas apesar do pouco tempo que convivemos gostei muito delas e estou com muitas saudades, enfim continue sempre escrevendo viu, senti muita falta de seus textos e ate comentei a ausência deles e enquanto não tenho suas aulas vou me conformando com seus artigos( que são ótimos também, mas menos, comparado as suas aulas, to brincando! gosto dos dois de suas aulas e de seus artigos). Abraços.
ResponderExcluirnossa, q milagre!
ResponderExcluirnão acredito no que li, é a pimeira vez q andre pessoa naum critica os cristaos, dessa vez é a filosofia..
e a propósito, me surpreendeu o texto do cachorrinho, pois eu pensava q andre pessoa, por ser um homem mal e fechado com o coração, nao tivesse pena nem dos animais... mas, ainda assim, duvido q ele "encontraria o ouvinte que salvou a vida do animal e apertaria sua mão", eu nao acredito q tenha essa bondade toda.