ANÔNIMO
Prefiro a ofensa de quem se identifica à lisonja daquele que se esconde atrás do anonimato. Eu sempre assino os meus textos e assumo as minhas posições; gostaria que o mesmo acontecesse com os outros.
Anonimato deveria ser coisa somente do disque denúncia e não do mundo virtual. Deixemos a não identificação aos filantropos que gostam de se esconder por trás da falsa humildade e aos fracos.
Não interessa se as pessoas louvam as minhas virtudes (que são poucas) ou denunciam as minhas inconsistências (que são muitas), importa que sejam elas mesmas e assumam as suas opiniões e tudo o que delas decorre.
Esconder a identidade é um recurso mais cabível ao zorro e ao super-homem do que a um autêntico internauta. Virtual deve ser o ciberespaço e não as pessoas que nele navegam!
O anônimo é um egoísta e unilateral porque nega ao outro o direito de resposta. Em suma: o anônimo que ser ouvido, mas não deseja ouvir, quer falar, mas não escutar, quer dizer o que pensa e não ouvir o que merece.
O anônimo é alguém que está tentando diluir a sua identidade numa multidão amorfa e sem nome porque não tem coragem ou não quer ser ele mesmo. O anônimo, diria Aristóteles, é alguém que não é nomeado e por isso não pode ser pensado (princípio da identidade).
As pessoas anônimas temem que as suas opiniões sejam rejeitadas e não desejam o encargo de defendê-las publicamente. Elas são como guerrilheiros que lutam sem farda, por isso são perigosas e traiçoeiras.
Os anônimos, em geral, são transgressores de alguma norma ou acham que o são no seu delírio oculto. O anônimo é um fora da lei ou se supõe um.
Não gosto do anônimo porque ele denigre e calunia as pessoas na internet e depois aperta a mão delas na escola ou no trabalho. O anonimato, nesses casos, se assemelha à hipocrisia.
A única coisa que justifica o anonimato é o risco de morte em situações de extremo autoritarismo. Em nossos dias, entretanto, ele quase nunca é necessário, isso quando já não se tornou um vício hediondo.
Digam o que disserem de mim, considerem-me um cara legal (que acho que não sou) ou um chato metido e arrogante; façam-no, porém, às claras. Amo os autênticos, desprezo os covardes!
Prefiro a ofensa de quem se identifica à lisonja daquele que se esconde atrás do anonimato. Eu sempre assino os meus textos e assumo as minhas posições; gostaria que o mesmo acontecesse com os outros.
Anonimato deveria ser coisa somente do disque denúncia e não do mundo virtual. Deixemos a não identificação aos filantropos que gostam de se esconder por trás da falsa humildade e aos fracos.
Não interessa se as pessoas louvam as minhas virtudes (que são poucas) ou denunciam as minhas inconsistências (que são muitas), importa que sejam elas mesmas e assumam as suas opiniões e tudo o que delas decorre.
Esconder a identidade é um recurso mais cabível ao zorro e ao super-homem do que a um autêntico internauta. Virtual deve ser o ciberespaço e não as pessoas que nele navegam!
O anônimo é um egoísta e unilateral porque nega ao outro o direito de resposta. Em suma: o anônimo que ser ouvido, mas não deseja ouvir, quer falar, mas não escutar, quer dizer o que pensa e não ouvir o que merece.
O anônimo é alguém que está tentando diluir a sua identidade numa multidão amorfa e sem nome porque não tem coragem ou não quer ser ele mesmo. O anônimo, diria Aristóteles, é alguém que não é nomeado e por isso não pode ser pensado (princípio da identidade).
As pessoas anônimas temem que as suas opiniões sejam rejeitadas e não desejam o encargo de defendê-las publicamente. Elas são como guerrilheiros que lutam sem farda, por isso são perigosas e traiçoeiras.
Os anônimos, em geral, são transgressores de alguma norma ou acham que o são no seu delírio oculto. O anônimo é um fora da lei ou se supõe um.
Não gosto do anônimo porque ele denigre e calunia as pessoas na internet e depois aperta a mão delas na escola ou no trabalho. O anonimato, nesses casos, se assemelha à hipocrisia.
A única coisa que justifica o anonimato é o risco de morte em situações de extremo autoritarismo. Em nossos dias, entretanto, ele quase nunca é necessário, isso quando já não se tornou um vício hediondo.
Digam o que disserem de mim, considerem-me um cara legal (que acho que não sou) ou um chato metido e arrogante; façam-no, porém, às claras. Amo os autênticos, desprezo os covardes!
André Pessoa
Desculpe o anonimato de meu comentário no último post "Bares e igrejas". Eu ainda não havia lido este, e portanto não sabia de sua aversão aos anônimos.
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