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quarta-feira, 31 de março de 2010

DOURADO: UMA SEGUNDA CHANCE



DOURADO: UMA SEGUNDA CHANCE


Gosto muito de Renato Russo, mas ontem Dourado mostrou que a primeira vez nem sempre é a última chance. Existe também uma segunda oportunidade, e ele soube aproveitar.
Eu já sabia. Quando os fogos começaram a estourar anunciando a vitória do Bad Boy (meio mau, meio bom), o destino se cumpriu. Aliás, ele sempre se cumpre.
A vitória de Marcelo Dourado representou um golpe na hipocrisia e uma injeção de ânimo em todos nós. Aprendemos com ele que o que tem que ser será.
O tempo que o Dourado passou escondido, anônimo, preterido, “queimado”, foi uma preparação para a vitória final que teve cheiro de revanche. É a vida em dois tempos!
Quando chega à hora de alguém, as engrenagens giram em seu favor esmagando tudo aquilo que se opõe ao movimento da história. O tempo do Dourado chegou.
Ao contrário daquilo que alguns imaginam, o Dourado não é um neonazista ou um homem durão, ele é uma placa que diz: “Continue, um dia você chega lá”.
A trajetória do Dourado no BBB lembrou-me a fênix, ave mitológica egípcia que renasce das próprias cinzas. Como diz o evangelho: “Se a semente não morrer não pode dar fruto”.
O BBB, apesar da sua fama de cultura inútil e alienante, ensinou aos brasileiros que há sempre uma segunda chance para quem quer recomeçar. Nada está perdido, nada está acabado.
É exatamente ali, onde a terra é árida e sem vida que as sementes do novo começam a brotar. O campo está florescendo novamente; você consegue ver?

André Pessoa

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