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sábado, 12 de setembro de 2009

PARECE MAS NÃO É



PARECE MAS NÃO É


De acordo com os antigos escritos, ele nasceu num estábulo, de uma virgem, e de forma milagrosa. No entanto, foi perseguido por um rei perverso que mandou massacrar uma grande quantidade de crianças com o objetivo de eliminá-lo.
Quando ainda criança, foi levado ao templo e impressionou a todos pela sua sabedoria, pois ensinava até mesmo aos mestres. Agora me responda: de quem eu estou falando?
Enganou-se quem respondeu de Jesus Cristo. O parágrafo acima é um resumo da história de Krishna, herói hindu do livro sagrado Bhagavad Gita que conta um episódio da guerra do Mahabharata. Como se todas estas semelhanças não bastassem, Krishna é considerado na religião hindu um avatar de Vishnu.
Um avatar é uma metamorfose, uma representação de alguma divindade. Krishna é Vishnu feito carne e habitando entre nós. Mais interessante ainda é que Vishnu é uma das divindades que compõem a “trindade hindu” (Brhama, Shiva e Vishnu).
A essas alturas você está pensando: será que o cristianismo é um plágio do hinduísmo? Embora o Bhagavad Gita tenha sido escrito por volta do terceiro século antes de Cristo é incorreto julgar a história do nazareno um mero plágio.
Cabe aqui lembrar que, além do Bhagavad Gita ter tido várias reedições nas quais certamente houve acréscimos posteriores, a história de um messias que nasce de uma virgem já existia no antigo judaísmo do qual o Cristo provém.
Os semitas (filhos de Sem), de onde vem a etnia judaica, tiveram nos acadianos (segundo povo a ocupar a antiga Mesopotâmia), os seus mais antigos ancestrais. O judaísmo é antigo, e o cristianismo pegou carona na sua antiguidade.
Além do mais, há um detalhe que diferencia Krishna de Jesus Cristo: é que O Bem Aventurado e sedutor pastor hindu possuía 6 000 mil amantes e Jesus Cristo, embora Dan Brown tenha feito o seu matrimônio com Maria Madalena, até que se prove o contrário, era um celibatário. O sexo, sempre o sexo!
Agora que você, cristão ocidental, ficou mais tranqüilo, pode ir dormir em paz, mas não se esqueça de rezar o Pai Nosso antes de se deitar, ou seria melhor enunciar o om* e recitar um escrito hinduísta?

André Pessoa

*om: é o som mais sagrado do hinduísmo. Compõe-se de três sons a-u-m. Talvez o om represente a suprema realidade (Brahma). O om, na opinião de alguns filósofos hindus foi o primeiro som e contém a essência do conhecimento verdadeiro.

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