BODE EXPIATÓRIO
Fui surpreendido por alguém que me perguntou: “O caso Rafinha Bastos significa o fim da liberdade de imprensa no Brasil?”. Embora no princípio eu não tenha dado muita importância ao assunto em questão, essa indagação inesperada me fez refletir um pouco mais sobre o caso.
Rafinha Bastos, apresentador do CQC, programa humorístico da Rede Bandeirantes, foi afastado do programa por causa de uma piada inoportuna envolvendo a grávida cantora Vanessa Camargo, filha do festejado Zezé de Camargo. O referido humorista teria dito ao vivo na TV que “comeria ela (Vanessa Camargo) e o bebê”.
Voltando a pergunta inicial feita a mim, ou seja, se o caso do agora excluído e crucificado Rafinha Bastos, significava o fim da liberdade de imprensa no Brasil, penso que não se trata disso. O caso do sarcástico Rafinha Bastos não significa o fim da liberdade de imprensa, mas o início da hipocrisia.
Não quero aqui curtir uma de advogado do diabo, pelo contrário, acho que o Rafinha Bastos vacilou, se equivocou, fez uma piada que desconheceu os limites da ética profissional e por isso deveria ser chamado à atenção e punido. Entretanto, querer transformá-lo em bode expiatório é uma atitude hipócrita e nojenta.
Tanto o Marcelo Tas como o Marcos Luque deram entrevistas afirmando que o “amigo” exagerou nas piadas e não teve uma atitude apropriada e profissionalmente correta. Contudo, eu perguntaria aos dois: O que é agir profissionalmente? Quais os parâmetros que devem ser seguidos para evitar problemas desse tipo? Os dois (Marcelo Taz e Marcos Luque) agem de acordo com esses parâmetros?
Rafinha Bastos “exagerou na dose”, mas será que os outros também não exageraram em outras oportunidades? Ou será que só o Rafinha Bastos faz piadas sarcásticas e agressivas? O caso do Rafinha Bastos só mostra o quanto a nossa sociedade é hipócrita e superficial nos seus juízos.
É absurdo condenar ao ostracismo e ao “inferno” um excepcional humorista como o Rafinha Bastos (considerado pelo New York Times, a pessoa mais influente do twitter) por causa de uma piada infeliz. Hipócritas, fariseus!
Como adotar essa atitude em um país no qual o parlamento vota secretamente e “por baixo dos panos” a absolvição da deputada Jaqueline Roriz e nem a Vanessa Camargo e nem ninguém se manifesta contra? Imoral são a nossa atitude política e o nosso conceito de moral!
É preciso ir além do valor que atribuímos aos valores que adotamos como parâmetros para as nossas ações, diria Frederich Nietzsche. Uma nação na qual seis ministros entregam o cargo nos dez primeiros meses do mandato da presidente eleita por causa de corrupção não deveria “posar” de moralmente correta e juíza implacável dos equivocados!
Desconfio de todo moralista bem intencionado, pois o inferno está cheio deles. Os moralistas são como raposas noturnas que agem em surdina e praticam às escondidas exatamente aquilo que dizem ser errado à luz do dia ou quando estão em público.
Rafinha Bastos errou? Claro que sim, mas não foi o único. Os seus detratores também erram, talvez até mais do que ele. O problema é que em nosso país, adestrado e influenciado por uma moral cristã superficial e pouco consistente, as pessoas podem fazer tudo o que quiserem, contanto que o que fazem não se torne público.
O problema do Rafinha Bastos foi ter sido inocente o suficiente para dizer com o microfone ligado aquilo que outros dizem sem problema algum nos bastidores. O Humberto Gessinger dos Engenheiros do Havaí diria: o Rafinha Bastos foi “sincero” como não se pode ser.
Acho que a Vanessa Camargo, o Zezé de Camargo, o Luciano de Camargo (?), sejam eles filhos de Francisco ou não, e qualquer outro Camargo nesse ou no outro mundo, têm o direito de processar qualquer um que os tenha importunado publicamente (a lei garante isso), só não venham querer transformar um humorista que “perdeu os freios” em bode expiatório.
André Pessoa
Rafinha Bastos, apresentador do CQC, programa humorístico da Rede Bandeirantes, foi afastado do programa por causa de uma piada inoportuna envolvendo a grávida cantora Vanessa Camargo, filha do festejado Zezé de Camargo. O referido humorista teria dito ao vivo na TV que “comeria ela (Vanessa Camargo) e o bebê”.
Voltando a pergunta inicial feita a mim, ou seja, se o caso do agora excluído e crucificado Rafinha Bastos, significava o fim da liberdade de imprensa no Brasil, penso que não se trata disso. O caso do sarcástico Rafinha Bastos não significa o fim da liberdade de imprensa, mas o início da hipocrisia.
Não quero aqui curtir uma de advogado do diabo, pelo contrário, acho que o Rafinha Bastos vacilou, se equivocou, fez uma piada que desconheceu os limites da ética profissional e por isso deveria ser chamado à atenção e punido. Entretanto, querer transformá-lo em bode expiatório é uma atitude hipócrita e nojenta.
Tanto o Marcelo Tas como o Marcos Luque deram entrevistas afirmando que o “amigo” exagerou nas piadas e não teve uma atitude apropriada e profissionalmente correta. Contudo, eu perguntaria aos dois: O que é agir profissionalmente? Quais os parâmetros que devem ser seguidos para evitar problemas desse tipo? Os dois (Marcelo Taz e Marcos Luque) agem de acordo com esses parâmetros?
Rafinha Bastos “exagerou na dose”, mas será que os outros também não exageraram em outras oportunidades? Ou será que só o Rafinha Bastos faz piadas sarcásticas e agressivas? O caso do Rafinha Bastos só mostra o quanto a nossa sociedade é hipócrita e superficial nos seus juízos.
É absurdo condenar ao ostracismo e ao “inferno” um excepcional humorista como o Rafinha Bastos (considerado pelo New York Times, a pessoa mais influente do twitter) por causa de uma piada infeliz. Hipócritas, fariseus!
Como adotar essa atitude em um país no qual o parlamento vota secretamente e “por baixo dos panos” a absolvição da deputada Jaqueline Roriz e nem a Vanessa Camargo e nem ninguém se manifesta contra? Imoral são a nossa atitude política e o nosso conceito de moral!
É preciso ir além do valor que atribuímos aos valores que adotamos como parâmetros para as nossas ações, diria Frederich Nietzsche. Uma nação na qual seis ministros entregam o cargo nos dez primeiros meses do mandato da presidente eleita por causa de corrupção não deveria “posar” de moralmente correta e juíza implacável dos equivocados!
Desconfio de todo moralista bem intencionado, pois o inferno está cheio deles. Os moralistas são como raposas noturnas que agem em surdina e praticam às escondidas exatamente aquilo que dizem ser errado à luz do dia ou quando estão em público.
Rafinha Bastos errou? Claro que sim, mas não foi o único. Os seus detratores também erram, talvez até mais do que ele. O problema é que em nosso país, adestrado e influenciado por uma moral cristã superficial e pouco consistente, as pessoas podem fazer tudo o que quiserem, contanto que o que fazem não se torne público.
O problema do Rafinha Bastos foi ter sido inocente o suficiente para dizer com o microfone ligado aquilo que outros dizem sem problema algum nos bastidores. O Humberto Gessinger dos Engenheiros do Havaí diria: o Rafinha Bastos foi “sincero” como não se pode ser.
Acho que a Vanessa Camargo, o Zezé de Camargo, o Luciano de Camargo (?), sejam eles filhos de Francisco ou não, e qualquer outro Camargo nesse ou no outro mundo, têm o direito de processar qualquer um que os tenha importunado publicamente (a lei garante isso), só não venham querer transformar um humorista que “perdeu os freios” em bode expiatório.
André Pessoa
NOSSA , MAS QUE CARA MAIS SISUDA , NÃO SEI SE ESTOU OLHANDO PRO ANDRÉ PESSOA OU PRO LOBO MAU AU!! AU!!
ResponderExcluirMIAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUU!!!
eu queria que o professor andre pessoa fizesse um texto sobre o comunismo, que eu não sei o que é, o socialismo, a ditadura militar, Hitler e seus ditames e outras coisas mais relacionadas, pois acho interessante trazer estes assuntos a público, pois aprendo muito com este blog. E ninguém melhor do que andre pessoa para escrever sobre isso.
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