OUTRO DEUS
Deus não é nada daquilo que eu pensava que ele fosse. Ele é, como explicou o teólogo Karl Barth meio sem querer, o “totalmente outro”, o “totalmente diferente”.
Tudo aquilo que dizemos e afirmamos acerca de Deus é mera analogia, esforço de quem não tem palavras para descrever o indescritível. Deus não se deixa conhecer inteiramente.
O que julgamos saber sobre Deus é comparável ao que sabemos remotamente sobre as estrelas cujo brilho alcança a terra milhões de anos depois de o astro ter morrido. O Deus que se cultua nesse planeta já morreu como preconizou Nietzsche.
Na maior parte das vezes, conversamos com as nossas próprias consciências julgando falar com o criador. Nesse sentido, a maioria absoluta das nossas orações não passa de monólogos.
O criador (não me refiro aqui ao deus criado pelas religiões) gosta mesmo é de falar através do silêncio. Entretanto, não é bom que se esqueça, o silêncio de Deus se compõe de inúmeros sons.
Aprender a decodificar essa linguagem surda é a difícil tarefa daqueles que desejam relacionar-se com aquele que ordenou que tudo se fizesse. Esse ofício não se aprende sentado no banco e no ambiente cheio de ecos de um templo.
O conforto dos assentos da igreja nada tem a ver com a aventura no desconhecido que é relacionar-se com Deus. Ver o criador é sinônimo de perder o chão no qual se pisa; dogmas e doutrinas humanas nada comunicam sobre ele.
O criador, é bom que se saiba, é lacônico, fala pouco, é a antítese de tudo aquilo que dizem esses paroleiros de Bíblia na mão que nada têm a ensinar. O muito falar irrita o todo-poderoso, esse lacônico “espartano” que não se comove com chantagens em forma de prece.
Deus é geralmente monossilábico. O seu “léxico” é bastante reduzido, ele apenas diz “haja” e as coisas vêm à existência. Ele odeia os sermões longos e enfadonhos que se prolongam por não terem nada a dizer.
O muito barulho deixa-o transtornado, a muita “piedade” o irrita. Ele está longe exatamente porque julgamos que está perto.
Deus permanece imponderável e impenetrável. Ele é tudo aquilo que julgamos que ele jamais seria. Deus é diferente, as religiões são todas iguais.
Deus não é nada daquilo que eu pensava que ele fosse. Ele é, como explicou o teólogo Karl Barth meio sem querer, o “totalmente outro”, o “totalmente diferente”.
Tudo aquilo que dizemos e afirmamos acerca de Deus é mera analogia, esforço de quem não tem palavras para descrever o indescritível. Deus não se deixa conhecer inteiramente.
O que julgamos saber sobre Deus é comparável ao que sabemos remotamente sobre as estrelas cujo brilho alcança a terra milhões de anos depois de o astro ter morrido. O Deus que se cultua nesse planeta já morreu como preconizou Nietzsche.
Na maior parte das vezes, conversamos com as nossas próprias consciências julgando falar com o criador. Nesse sentido, a maioria absoluta das nossas orações não passa de monólogos.
O criador (não me refiro aqui ao deus criado pelas religiões) gosta mesmo é de falar através do silêncio. Entretanto, não é bom que se esqueça, o silêncio de Deus se compõe de inúmeros sons.
Aprender a decodificar essa linguagem surda é a difícil tarefa daqueles que desejam relacionar-se com aquele que ordenou que tudo se fizesse. Esse ofício não se aprende sentado no banco e no ambiente cheio de ecos de um templo.
O conforto dos assentos da igreja nada tem a ver com a aventura no desconhecido que é relacionar-se com Deus. Ver o criador é sinônimo de perder o chão no qual se pisa; dogmas e doutrinas humanas nada comunicam sobre ele.
O criador, é bom que se saiba, é lacônico, fala pouco, é a antítese de tudo aquilo que dizem esses paroleiros de Bíblia na mão que nada têm a ensinar. O muito falar irrita o todo-poderoso, esse lacônico “espartano” que não se comove com chantagens em forma de prece.
Deus é geralmente monossilábico. O seu “léxico” é bastante reduzido, ele apenas diz “haja” e as coisas vêm à existência. Ele odeia os sermões longos e enfadonhos que se prolongam por não terem nada a dizer.
O muito barulho deixa-o transtornado, a muita “piedade” o irrita. Ele está longe exatamente porque julgamos que está perto.
Deus permanece imponderável e impenetrável. Ele é tudo aquilo que julgamos que ele jamais seria. Deus é diferente, as religiões são todas iguais.
André Pessoa
Esse texto tá na cara que André Pessoa é um homem mau que tenta afastar as pessoas de Deus.
ResponderExcluirAndré,
ResponderExcluirDra. Jeane Tóneu - Psicóloga clínica
Endereço: Ambulatório Maria Fernanda (ao lado do Hospital Português, Derby). Atendimento gratuito.
Procure esta Especialista que estou te recomendando. Tenho certeza de que ela vai te ajudar.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/mensagem.aspx?Data=7%2f7%2f2011&MensagemID=1795
ResponderExcluir"Indescritível, inimaginável, o Deus em quem eu acredito, está acima de qualquer palavra, de qualquer raciocínio humano. Indescritível porque não há maneira de, na verdade, descrevê-Lo como Ele realmente é. (...) Indescritível e inimaginável é o nosso Deus. Feliz daquele que é humilde o suficiente para admitir que não sabe quase nada sobre Deus. Já é o começo da sabedoria." (Pe. Zezinho)
como "não saber quase nada sobre Deus" se Jesus disse "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura?!" É uma forma de ocultar a mensagem do Senhor? De fazer com que as pessoas não saibam de que ainda há esperança?!?
ResponderExcluirSinto muito, mas se pensam que com isso estão edificando a fé de alguém, eu estou fora disso. Vão se converter!
Toda essa confusão criada com o nome de Deus, não deixa de ser uma grande polêmica.
ResponderExcluirAcredito que muitas pessoas veem Deus, como uma resposta para todas as dúvidas que elas não conseguem encontrar respostas.. um chão.
Já que, se não tivesse esse Deus, que palavra seguiríamos? como viveríamos? Não teria nada para "acreditar" ou seguir.
Particularmente, observando a criação do universo, a perfeição, como tudo se encaixa e a dúvida "de onde viemos", acho muito interessante todos esses questionamentos e acredito que aja sim um Deus, algo ou alguém maior que tudo e todos. Tenho fé o bastante para crer nisso.
Lais Dutra
os trouxas sao enganados por andre pessoa, eu não. E o pior e que ainda tem gente q apoia esse cara
ResponderExcluirAh! Deus não morreu, André! Está vivo de todas as formas possíveis. As pessoas o ignoram, mas ele está sempre lá. Sendo ignorado, pois, sim, ele tenta falar conosco de diversas formas.
ResponderExcluirEle não é um Deus distante. Ao contrário: Presente em todos os lugares e nos quer perto dele ( como um amigo).
Muitos tentam idealizar Deus da melhor forma 'particular', mas eu já disse e volto a dizer: Deus nunca muda! É sempre o mesmo.
É fácil falar de Deus: é só dizer o que vem na cabeça. Todas as ideias. certas ou erradas.
Difícil é conhecer Deus.
Ao contrário do que muitos pensam, um relacionamento intimo com Deus não é impossível.
Eu experimento disto constantemente em minha vida!
Nós tentamos explicar Deus com nossas palavras, mas como você mesmo disse: É impossível.
Ele não quer discussões filosóficas sobre 'De onde veio Deus' ou 'A Bíblia é mesmo a palavra de Deus?' (se você tem um relacionamento com Deus e a Bíblia não for a palavra dele, é certo que ele vai te alertar sobre isso e vai te guiar da forma correta)
Tudo o que Deus quer de você é um ato.
Uma atitude:
Peça a Deus que ele se mostre pra você.
Diga a ele que Você o aceita e pronto. Todo o resto ele fará.
Experiencia própria.
Lindo o texto. Ainda não entendo o motivo dos anonimatos.
Continue expressando suas ideias, André. Tenho certeza que você pode e já aprendeu muito com a opinião alheia.
cara gosto muito dos seus textos, eles rendem muitas risadas quando leio os comentários.
ResponderExcluirAchei um site na net que vi que deve ser a sua cara, acessa e ver se não tenho certeza.
http://www.umsabadoqualquer.com/
abçs