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terça-feira, 19 de abril de 2011

QUE PAÍS É ESTE?






QUE PAÍS É ESTE?




Entrei em um Shopping Center bastante conhecido no Grande Recife e me dirigi ao balcão de uma empresa de telefonia celular para comprar um chip.
Queria ter um novo número, já que o antigo ficou muito conhecido. Tanta gente sabia do meu número que só faltava o Obhama me ligar.
Entrei na loja e cumprimentei a atendente com uma expressão monossilábica: “oi”. Depois expliquei a garota que queria comprar um chip porque precisava de um número novo.
A moça (isso é força de expressão) espalhou em cima do balcão várias cartelas contendo cada uma um chip. São as maravilhas do mundo das telecomunicações!
Procurei nas etiquetas com códigos de barra um número fácil de memorizar. Nenhum dos números repetia algarismos, o que facilitaria a memorização.
Escolhi o menos complicado e paguei por ele a importância de 25,00 R$. Expliquei, antes de qualquer coisa, que queria um telefone pré-pago e não de conta.
A vendedora pediu o número do meu CPF e o endereço para fazer um cadastro. Imaginei que ela apenas registraria o número em meu nome para efeito de controle da empresa de telefonia.
Para a minha total surpresa e indignação, começou a chegar a minha residência um boleto com o valor de 29,00 R$ a serem pagos todos os meses correspondente ao meu novo número.
Fiquei enfurecido e tive vontade de ir até a loja e expressar a minha indignação em termos não muito delicados. Para usar a linguagem popular: “virei bicho!”.
Pensei então comigo mesmo: QUE PAÍS É ESTE? Que nação é esta onde as autoridades nos deixam a mercê de empresas privadas que agem de má fé e enganam as pessoas por causa dos seus objetivos organizacionais desonestos?
Como pode uma empresa de renome usar de tais artifícios para enganar os clientes? Onde está o governo que permite que isso aconteça e que essas “quadrilhas” continuem atuando no nosso país?
Senti-me mais uma vez desprotegido, entregue a própria sorte e vítima impotente de um sistema corrupto. Estamos entregues a falta de escrúpulos de empresas desonestas. Precisamos de proteção e o Estado precisa vir em nosso socorro.
Caso contrário, mergulharemos em um caos total e não poderemos ter mais o mínimo de confiança em quem quer que seja. Pensei em tudo isso e lembrei-me de um verso da música “o tempo não pára” do Cazuza que diz “[...] transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro”.
Cazuza morreu, mas continua falando!

André Pessoa

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