A DANÇA DA VIDA
A principal lição que aprendi no que ano que passou foi que, gostemos ou não, todas as coisas estão em movimento, tudo na vida “dança” e passa como fazem os componentes de um grande e expressivo balé. A dança da vida, porém, deixa desnorteado e tonto o homem que procura algo firme em que se segurar.
O que era ontem não é mais hoje, o que é hoje não será amanhã. Tudo é efêmero na existência humana, das riquezas aos prazeres, dos amores aos ódios. A vida é enxurrada descendo ladeira abaixo: destrói tudo que encontra pelo caminho e segue inexorável o seu trajeto!
Vida e morte, construção e destruição, começo e fim, marcam o passo e o ritmo desse imenso e cruel balé existencial. No palco, desprotegidos e vulneráveis, estamos nós, frágeis e românticos seres humanos. É melhor aprender logo o movimento das coisas.
Os amores “perfeitos” de hoje não existirão amanhã, o desejo ardente e as paixões loucas e oníricas também sumirão. Em nada devemos pôr a totalidade do nosso eu, pois tudo se move distanciando-se tristemente de nós. Só há segurança na insegurança; só há certeza na dúvida!
Devemos ter as coisas como se não a possuíssemos, usufruí-las sem julgá-las perpetuamente nossas. Só os tolos e insensatos julgam ser donos de qualquer coisa, por ínfima que seja.
“Nu saí do ventre de minha mãe, nu voltarei”, disse o lendário e bíblico Jó, depois de ser massacrado pelas circunstâncias desfavoráveis e despojado da riqueza que julgava lhe pertencer. As plantas murcham, o verde perde a cor, a moeda o seu valor, o galã a sua beleza, a vida o fôlego que a mantém.
Tudo e todos estão de passagem, a caminho. Nada na paisagem da estrada nos pertence, a não ser no exato momento em que se deixa contemplar pelos viajantes. O cenário é fugidio, por isso “é infinito apenas enquanto dura!”.
Ontem as comidas, os fogos, a música, a festa. Hoje a desolação, a sujeira nas ruas, as garrafas vazias e o bêbado no chão, esse triste monumento ao transitório e ao efêmero.
Dance, cante, beije, ame, mas nunca esqueça: tudo está em movimento, se distanciando paulatinamente de uns e se aproximando vagarosamente de outros. Assim é a vida, fugidia, escorrendo por entre os dedos como a água que mata a sede, mas que também afoga!
“Tudo na terra está em fluxo contínuo: nada mantém uma forma constante e fixa. Não existe nada sólido a que o coração possa se apegar”, disse Rousseau depois de provar todos os prazeres e vaidades que a vida lhe pôde oferecer.
A principal lição que aprendi no que ano que passou foi que, gostemos ou não, todas as coisas estão em movimento, tudo na vida “dança” e passa como fazem os componentes de um grande e expressivo balé. A dança da vida, porém, deixa desnorteado e tonto o homem que procura algo firme em que se segurar.
O que era ontem não é mais hoje, o que é hoje não será amanhã. Tudo é efêmero na existência humana, das riquezas aos prazeres, dos amores aos ódios. A vida é enxurrada descendo ladeira abaixo: destrói tudo que encontra pelo caminho e segue inexorável o seu trajeto!
Vida e morte, construção e destruição, começo e fim, marcam o passo e o ritmo desse imenso e cruel balé existencial. No palco, desprotegidos e vulneráveis, estamos nós, frágeis e românticos seres humanos. É melhor aprender logo o movimento das coisas.
Os amores “perfeitos” de hoje não existirão amanhã, o desejo ardente e as paixões loucas e oníricas também sumirão. Em nada devemos pôr a totalidade do nosso eu, pois tudo se move distanciando-se tristemente de nós. Só há segurança na insegurança; só há certeza na dúvida!
Devemos ter as coisas como se não a possuíssemos, usufruí-las sem julgá-las perpetuamente nossas. Só os tolos e insensatos julgam ser donos de qualquer coisa, por ínfima que seja.
“Nu saí do ventre de minha mãe, nu voltarei”, disse o lendário e bíblico Jó, depois de ser massacrado pelas circunstâncias desfavoráveis e despojado da riqueza que julgava lhe pertencer. As plantas murcham, o verde perde a cor, a moeda o seu valor, o galã a sua beleza, a vida o fôlego que a mantém.
Tudo e todos estão de passagem, a caminho. Nada na paisagem da estrada nos pertence, a não ser no exato momento em que se deixa contemplar pelos viajantes. O cenário é fugidio, por isso “é infinito apenas enquanto dura!”.
Ontem as comidas, os fogos, a música, a festa. Hoje a desolação, a sujeira nas ruas, as garrafas vazias e o bêbado no chão, esse triste monumento ao transitório e ao efêmero.
Dance, cante, beije, ame, mas nunca esqueça: tudo está em movimento, se distanciando paulatinamente de uns e se aproximando vagarosamente de outros. Assim é a vida, fugidia, escorrendo por entre os dedos como a água que mata a sede, mas que também afoga!
“Tudo na terra está em fluxo contínuo: nada mantém uma forma constante e fixa. Não existe nada sólido a que o coração possa se apegar”, disse Rousseau depois de provar todos os prazeres e vaidades que a vida lhe pôde oferecer.
André Pessoa
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